( Fausto continuava atento por um sinal do gênio do Universo)
De muitas coisas anseia a alma,
Mas a matéria sempre a aprisiona ao chão
Tudo que me resta é esperança,
Mergulhada em ilusão.
Como podes ser perfeito?
Maldito homem tu és!
Do pó tu vieste e a ele retornarás,
Assim como o barro com que pisa teus pés.
Pensamentos voam em tuas mãos.
Ó destino cruel ! Clama palavras em vão,
Escorregando secas no papel.
Minh'alma na sombra do altíssimo procura abrigo
Do alto, sons dilaceram meu peito em chamas:
" Quando estais na mais profunda escuridão
Quem, além de mim, te amas? "
Em verdade eu te digo. Em verdade, justiça e amor
Além de mim não há outro, por onde quer que tu for.
Ninguém te conhece tão bem quanto aquele que te criou.
Minha espada é palavra que homem algum jamais verbou.
Perguntas meu nome e apenas te digo:
Eu Sou !
(E Fausto observava seu líquido correr em cada palavra, aguardando a última das respostas)
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