quarta-feira, 30 de março de 2016

A Janela através do Vidro









Viver para procurar um retrato
O vidro pálido e narcísico me reflete distorcido
De tão frágil, esquálido, se torna fato
Factual é a certeza de não ter vivido
A transparência é algo que emana vida
Palavras distorcem minhas veias
E me dizem: Se afaste qualquer que seja o jeito!
Minha sina assassina qualquer sujeito
Mais um humano tentando ser perfeito!
Estilhaços percorrem meu corpo em vermelho
 Atravessando algum vazio desse espelho
Quase não possuem nenhum som
Quase não tem nenhuma voz
Elas vêem o interior
De cada um de nós

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