quinta-feira, 3 de abril de 2014

Deuses e Vermes










Ah! Desde a infância que tenho eu sobrepujado indagações:
-Para onde hão de ir as coisas? De onde casta o meu breve suspiro?
Silêncio. Não restou Deus inocente em sua inconsciência cósmica
Apenas um emaranhado de mentes e epopeias soltas, relutando por um vazio
Onde estarão os Deuses de que tanto me falaram?
Dormem eles em eternos momentos
Transfigurados sob a luz do sol
Cravados em frios monumentos
Suas verborragias se encontram em prol
Vermes certamente haverão de cobrir a minha face
Como o grito daqueles que não podem mais falar!
A Besta última do esquecimento
Profana túmulos, aprisiona passados
E materializa todos os meus anseios
Por justiça, por amor, por egoísmo
Ainda sobra uma verdade somente minha
É minha própria sombra!
É meu próprio Deus!
(Que a minha consciência dissolva a morte,
No silêncio do meu breve ninguém)

Nenhum comentário:

Postar um comentário