sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A Sombra do Dragão




Um suspiro do vento norte clareou um rastejo
Sombras galopam no horizonte que vejo
Uma batida descompassada em cortejo
Cavaleiros se aproximam do vilarejo

Viajantes enfrentam criaturas sem medo
Desbravando o ressoar da morte em segredo
Despertando no fundo do meu olhar um facejo
O que seduz sua loucura é o desejo

Uma lâmina que fora mergulhada para não ver mais um dia
E lá fora, por detrás das muralhas, semeou o que não devia
E quem viver mais uma era perceberá o que eu prevejo
A sombra do dragão encontrará seu ensejo.

Uma morte pesa seus passos através do vale
E ao mais fundo do abismos ela se equivale
Grunindo montanhas sozinhas, reunidas em vicejo
Lançando sobre nós um flamejante bafejo

Entre uma fenda, homens se atiram no espaço
Contando mais uma lenda, reforçando mais um traço
E no fim da lâmina-gota se ouviu um lampejo
Esta será a vida que eu almejo





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