sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Memórias Destiladas











Escuta com atenção, por dentre os vestígios da solidão
Margens sagradas correm por debaixo das sombras
O tempo somente, e nas mentiras vagas lembranças me traz:
Marcas se escondem no silêncio de quem destila a razão

No limite dos teus olhos, a noite avança sem medo
A lua cantando pequenas cantigas de sossego
O homem se desvia, seu coração parece não suportar a dor
De quem anda feliz por incontáveis memórias de amor

Raios fulminam de pedras esculpidas por toda a sorte
Batuques anunciam, acelerados, a sentença...
Desfilam seus brados de morte,
Lentamente reforçando toda a minha crença (no desconhecido)

Somente existo, não penso. Somente penso: por quê deixo de existir?
Como o destino pode comigo assim brincar?
Se em qualquer um de meus planos fosse contar minhas glórias,
Não haveriam livros capazes de calar minhas destiladas memórias.